A Argentina registrou mais um superávit fiscal em fevereiro, fortalecendo a política de austeridade econômica do governo do presidente Javier Milei. Os dados divulgados pelo Ministério da Economia mostram um saldo fiscal positivo, reforçando o compromisso da atual administração com o controle dos gastos públicos e o equilíbrio das contas do país.
Superávit Mensal e o Impacto na Economia
De acordo com o relatório oficial, o superávit fiscal primário atingiu 1,177 trilhão de pesos argentinos (aproximadamente US$ 1,10 bilhão), representando cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Já o superávit financeiro do setor público somou 310,73 bilhões de pesos, o equivalente a 0,1% do PIB.
Esse é o 13º superávit mensal registrado nos 14 meses completos de governo de Milei, um marco que não era alcançado há anos no país. Em 2024, a Argentina já havia obtido seu primeiro superávit orçamentário anual em 14 anos, consolidando a política de ajuste fiscal.
Compromisso com a Ordem Fiscal
O ministro da Economia, Luis Caputo, destacou que os resultados financeiros refletem a determinação do governo em manter a “ordem fiscal”, considerada essencial para a recuperação econômica. “Esse resultado fortalece ainda mais o compromisso do presidente Javier Milei e de toda a sua equipe com a responsabilidade fiscal, um pilar fundamental para a construção de uma economia sólida, que gere empregos de qualidade e permita a recuperação dos salários e da renda ao longo do tempo”, afirmou Caputo em publicação no X (antigo Twitter).
Cortes de Gastos e Repercussões
Para alcançar esses resultados, o governo de Milei implementou cortes significativos nos gastos públicos, incluindo reduções no orçamento da educação e nas pensões. No entanto, essas medidas têm gerado protestos em diversas cidades argentinas, com milhares de pessoas indo às ruas para contestar os impactos sociais das políticas de austeridade.
Apesar das críticas, a equipe econômica segue firme na meta de “déficit zero”, argumentando que o controle rigoroso das contas públicas é essencial para combater a inflação e criar um ambiente econômico mais estável no longo prazo.
Perspectivas para a Economia Argentina
Os números positivos reforçam a credibilidade do governo junto a investidores e organismos internacionais, mas os desafios permanecem. A Argentina ainda enfrenta inflação elevada, dificuldades sociais e a necessidade de equilibrar o ajuste fiscal com políticas que estimulem o crescimento econômico sustentável.
O desempenho fiscal dos próximos meses será decisivo para avaliar se a estratégia do governo está, de fato, conduzindo o país para um cenário de estabilidade econômica e recuperação financeira.
