O Procon-RJ determinou, nesta segunda-feira (17), a interdição dos acessos ao Cristo Redentor, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro. A medida foi tomada após a morte do turista gaúcho Jorge Alex Duarte, de 54 anos, que sofreu um infarto no local no último domingo (16).
A interdição impacta todas as relações de consumo vinculadas ao monumento, incluindo a venda de ingressos, passagens de trem e serviços de vans. Segundo o Procon, o funcionamento do ponto turístico ficará suspenso até que um termo de ajustamento de conduta seja firmado entre os órgãos responsáveis e as empresas envolvidas.
O Que Aconteceu?
Jorge Alex Duarte, morador de Porto Alegre, chegou ao Cristo Redentor em uma van de turismo e passou mal ao subir as escadas comuns por volta das 7h39. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e chegou ao local às 8h13, mas, apesar das tentativas de reanimação, ele não resistiu.
A ausência de um posto médico no local gerou críticas e levantou questionamentos sobre a estrutura de emergência disponível no Alto do Corcovado. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo Parque Nacional da Tijuca, será aberta uma investigação para apurar possíveis falhas no atendimento.
Impacto da Interdição
A decisão do Procon pegou turistas de surpresa. Visitantes que chegaram ao local nesta segunda-feira não puderam acessar o monumento, mesmo com ingressos comprados. Segundo a administração do Trem do Corcovado, os bilhetes poderão ser remarcados ou reembolsados.
Além disso, problemas estruturais recentes foram relatados, incluindo uma queda de energia no último domingo e um apagão de cerca de uma hora na semana passada, que interrompeu as atividades do trem e do monumento.
Conflito de Responsabilidades
A interdição também gerou um impasse entre os órgãos responsáveis pelo Cristo Redentor. A concessionária Trem do Corcovado alegou que a interdição ocorreu por “falta de acessibilidade” e afirmou que a responsabilidade pela infraestrutura no Alto do Corcovado não é dela, mas sim do ICMBio.
Por outro lado, o ICMBio contestou essa alegação, apresentando um contrato de concessão que exige a manutenção de um posto de atendimento com socorrista e ambulância no local. O Santuário Cristo Redentor também criticou a falta de fiscalização e apontou falhas como ausência de ambulância, pontos de hidratação, brigadistas, banheiros acessíveis, escadas rolantes e sinal de telefonia.
O Que Acontece Agora?
Uma reunião foi convocada para esta segunda-feira às 17h para discutir as medidas que serão tomadas. Até que o impasse seja resolvido e as exigências de segurança e acessibilidade sejam cumpridas, o acesso ao Cristo Redentor permanecerá fechado.
A situação reforça a necessidade de uma infraestrutura turística adequada para garantir segurança e acessibilidade aos milhares de visitantes que frequentam o monumento diariamente.
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